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Para que não restem dúvidas

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Apresento a vista mensal do saite da Transavia para este mês. Vede. Olhai. Eu não só olhei como esbugalhei...

Inadmissível! Inconcebível! Inaceitável!

Perplexa foi como fiquei quando a marcar viagens de e para o Porto constatei que no dia 8 de Dezembro que é feriado uma passagem para cá, de regresso a esta Pérola do Atlântico seja a módica, a insignificante, a modesta, a irrisória quantia de 342 euros. Não ficaria admirada se todos os dias o preço praticado fosse à roda deste, mas não, nos outros dias, ronda os quarenta. "Vá de férias mas regresse antes de ir" deve ser o slogan da companhia. Brincar com os madeirenses, só pode! dez 2015 seg  7 Não temos voos disponíveis ter  8 A partir de 342  € qua  9 Não temos voos disponíveis qui  10 A partir de 45  € sex  11 A partir de 40  € sáb  12 A partir de 45  € dom  13 A partir de 51  €

Somos Portugal

Epá (escrito assim como o gelado), somos mesmo Portugal. No domingo pasado o programa "Somos Portugal" foi até Terras de Bouro e foi uma festa total. Uma festa garantida como anunciaram na tv e foi isso mesmo, até onze pessoas serem roubadas por carteiristas que, aproveitando a onde de alegria "deram um bailhe", como se diz em madeirense. Enquanto uns bailavam e divertiam-se outros houve que trabalharam naquilo que melhor sabem fazer: roubar. Atão não Somos Portugal? Claro que sim. E que melhor forma de o demonstrar!

Meu rico filho!

Um adolescente mata a mãe, não sei porque motivos ou, melhor dizendo, se porventura há motivo para tirar a vida a alguém que nos deu a vida, mas este jovem lá das américas, mata a mãe e depois vai dormir, descansadinho na sua caminha. Era um jovem excepcional na escola e boa pessoa, dizem mas, algo não esteve bem naquele dia. Dscobriram o corpo da mulher de 44 anos, morta, quando um técnico bateu à porta e ela foi aberta pelo rapaz que tinha sido acordado pelo som da campainha. Quano lhe perguntaram pelo sucedido não mostrou qualquer arrepenimento. "Mê rique filhe, ézomê orgulhe!" como diz a minha amiga Dolores ao falar do seu Cristiano.

Ora bem! Vamilhá a ver se nos entendemos!

Alguém muito querida cá deste "bilhogue" que é omeu humilde casebre, uma vez que é nele que me refugio, que me escondo, que me divirto também, apontou-me para o erro da palavra "deixá-los". Dizia ela que estava errada, que escrevo com erros, que sou burra que os meus alunos devem ter tido dificuldade em me entender que não coisa que coisa, que mais coisa e merdinhas sem a importância que não dou, mas, este, vou dar resposta. Querida carrapata de estimação, nós madeirenses dizemos esta expresão em vez da correcta e, se não sabe a menina, vai ficar já a saber que eu esrevo muito "à madeirense" muito à forma peculiar que nós falamos e que é do conhecimento de todos. Eu sei que é "deixai-os", uora se sei não era necessário ter escrito "cinque milhe" vezes ou perto disso para que eu aprendesse. Sabe, dizem que "burro velho não aprende" eu sou mais não querer aprender porque capacidade tenho. Mas obrigada, minha carrapata que não

Festa do Peixe Espada Preto

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E que tal uma poncha de tangerina a olhar a baía de Câmara de Lobos, às duas da manhã, depois de dançar até cair ao som dos Abba, é bom não? Pois é, caiu que nem azeitonas! E se acrescentarmos uma bela espetada no Estreito? Atão, cai que nem tordos. Contra-senso, ir à festa com a barriga a rebentar de carne quando o mote era o peixe espada. Talvez! Mas a poncha estava divinal!

Tabaibos...

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...ou como dizem os camones que nos visitam: "tobeibos". É, assim, uma coisa fora do normal, só nesmo para quem aprecia. Também chamados de "figos da Índia", dão, por aqui, no meu rural, como ervas daninhas nas tabaibeiras cheias de espinhos. O homrm que me serviu, salvo seja a expressão, tirou-os de dentro da casca com as suas mãos, sem luvas. E se vos disser que  fiquei eu com picos, acreditam?

Vaia e se não for-ir fique em casa

Há muito tempo que não ouvia esta palavra: "vaia". Ouvia-a hoje. Duas mulheres conversavam à porta da padaria. Uma queixava-se que o marido tem saído muito porque está de férias e ela fica em casa, que não tem tido pachorra e "tem tado semenas". A outra responde-lhe: - Olhi, se não quer ficar em casa sozinha vaia. Vaia também. Ora bem! E se não "for ir", que fique "como um cachorro", digo eu. E pergunto, sem que ela me oiça: "e vais-ir (vázir) com ele?" Ai, estes ditos que por aqui se usa (ainda). Isto há gente que não sabe falar "à política".

Vaia e se não for-ir fique em casa

Há muito tempo que não ouvia esta palavra: "vaia". Ouvia-a hoje. Duas mulheres conversavam à porta da padaria. Uma queixava-se que o marido tem saído muito porque está de férias e ela fica em casa, que não tem tido pachorra e "tem tado semenas". A outra responde-lhe: - Olhi, se não quer ficar em casa sozinha vaia. Vaia também. Ora bem! E se não "for ir", que fique "como um cachorro", digo eu. E pergunto, sem que ela me oiça: "e vais-ir (vázir) com ele?" Ai, estes ditos que por aqui se usa (ainda). Isto há gente que não sabe falar "à política".

Vaia e se não for-ir fique em casa

Há muito tempo que não ouvia esta palavra: "vaia". Ouvia-a hoje. Duas mulheres conversavam à porta da padaria. Uma queixava-se que o marido tem saído muito porque está de férias e ela fica em casa, que não tem tido pachorra e "tem tado semenas". A outra responde-lhe: - Olhi, se não quer ficar em casa sozinha vaia. Vaia também. Ora bem! E se não "for ir", que fique "como um cachorro", digo eu. E pergunto, sem que ela me oiça: "e vais-ir (vázir) com ele?" Ai, estes ditos que por aqui se usa (ainda). Isto há gente que não sabe falar "à política".

A minha avó dizia...

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...e eu contrariava-a sempre (que querem?, este feitio de ser espírito de contradição, mata-me, por vezes) que o primeiro (dia) de Agosta era o primeiro (dia) de inverno. E, hoje, ao olhar este dia que até tenho um leve casaquito vestido lembrei-me dela e, não sei se a senhora minha avó - mulher generaleza da época do Estado Novo, não tinha razão. Avó, oquei, desculpa todas as vezes em que dizias que era respingona, e eu respingava em todas as direcções, minha velha reles que me dava com a colher de mexer o milho na "zarcas" ou costas, melhor dizendo, tens toda a razão. Este dia assemelha-se àqueles em que sendo outono parece ainda verão ou já inverno. Fotografia: Subida para a freguesia da Ilha, São Jorge, zona norte

Bucho virado

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O mê Gu-Gu - o rapazinho que a foto apresenta, andava semenos, emantado, melhor dizendo. Assim que vi aquele estrepela que não pára um instante sossegado, ali jogado num canto de cabeça deitada percebi que algo estava mal. Ontem esteve num insuflável, deve ter dado tantas cambalhotas e trambolhões que virou o bucho. Atão, não há como munir-me de creme, antes era com azeite, mas está caro para isto, deitar o buzico na minha cama, de barriga para o ar e dar-lhe uma massagem a fim de endireitar o bucho. E não é que, agora, o estapilha do pequeno já corre e salta como nunca? E já se baloiça na rede? Daqui a pouco tem, novamente o bucho virado. Mãos milagrosas, as minhas! E as minhas manias de endireitar o que está torto.

Mês de São João

Está a acabar e com ele os dias de capacete. É que dá sono daí se dizer que o mês de São João é o mês do sono. Ora bem, e perguntam vocês o que é tempo de capacete, e eu, rapariga dada a respostas digo. Proteger a cabeça. O tempo de capacete é como se houvesse um entre o céu e a terra ou, como se cada um de nós andássemos com um não possibilitando que o sol brilhe nas nossas cabeças. As coisas que eu sei!

E então?

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Tal foi o São João? Por aqui foi assim, como manda a tradição.

Hoje é noite de São João e dia de ver a sombra

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Manda a tradição que nesta noite se veja a sombra, depois da meia-noite. Com uma certeza porém, se não a vir comece já a encomendar o caixão... É simples: coloque água, que nesta noite é benta, numa banheira, debruce-se e faça ciganices, piruetas, tropelias, modilhos para ter a certeza que é sua a sombra reflectida na água. Se a vir tirará um peso de cima dos ombros e pode brincar com a sorte pois viverá até ao próximo São João! Fotografia: Alfândega da Fé, alto da serra de Bornes, hotel e spa.

Partir pedra

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Há os que mesmo a dormir partem mais pedras que acordado. Outros acordam a partir... Partir pedra é tarefa difícil, daí que se usa esta expressão para outros fins como por exemplo falar da vida alheia ou seja "bilhardar". Quando uma conversa não chega a lado nenhum é como "partir pedra". Também se aplica quando alguém a dormir ressona como se estivesse a partir pedras... Fotografia: obras na marginal do Funchal

Já vim e já fui

Só mesmo para deixar aqui expresso o meu descontentamento. Aproveito para perguntar se sabem porque é que estou tão cansada? Não sabem? É que eu também não sei a razão de me doerem as aduelas e a zona do colombo. Também não sabem onde se situa o colombo, é isso? É ali para os lados entre o lombo... Eita, e agora também o carrolo!

1° de Maio- dia se saltar a laje, do Trabalhador dos colares amarelos e do pic-nic

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Antes de conhecer este dia como o "Dia do Trabalhador" sempre o conheci por ser o dia de "saltar a laje". E do pic-nic com a família. Logo pela manhã as pessoas enfeitavam as furgonetas (ou meio-carro) com ramos de giesta e colocavam um belo par de cornos. Sim aquela "cangalha" que os cabritos ostentam na cabeça. Primeiro de Maio era o Dia dos Cornudos. Saltar a laje é adultério. Não há adultério sem cornos. Cornos tem a ver com os cabritos que saltam e pulam as lajes, daí se dizer que os homens com cornos saltam a laje. Para mim nunca foi o Dia do Trabalhador, era sim, o dia em que íamos brincar à uQuinta do Palheiro Ferreiro, levávamos uma cesta com sandes de omolete e bebíamos laranjada. Saltávamos à corda, fazíamos rodas, dávamos a mão a gente desconhecida, mas que estavam lá com o mesmo fim - o de se divertir. Admirava-me ao ver os homens com cornos dependurados ao pescoço e de ver também nos carros (à frente, na grelha). Perguntava o que signi

Isto não é brincadeira...

...e espero que acreditem no que digo. Aqui, no meu rural chove que mais parece o Dilúvio Final. Oh, Pedrocas (tem de ser assim canão ele irrita-se e faz pior), tu vê lá, podias pelo menos mandar um pombo-correio, um mensageiro a cavalo, ou até fazer sinais de fumo, um sms, caramba, não evoluiste nada desde a última vez, a dizer que ias deitar baldes de água, "cassim eu já poipava indá pouque" quando reguei as alfaces.

E a propósito de Cante (Alentejano)...

...lembrei-me que aqui no meu rural há quem use a frase "de cante a cante" quando se refere a alguém que vai bêbedo. O mesmo que "de canto a canto". Há pessoas que "falem assim" são os que vivem em São Martinhe ou em Sant' Antoine. Ali nas bandas onde vivia o Cristiane Ronalde - mê rique filhe.