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A mostrar mensagens de janeiro, 2012

1ª - A minha cidade é mais bonita que a tua

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A primeira contribuição para o passatempo "A minha cidade é mais bonita que a tua" chegou da Sofia do blogue: FArFalla. A minha cidade: Vila Nova de Gaia Na foto: Mosteiro da Serra do Pilar e Ponto D.Luís I. Obrigada Sofia pela participação e contribuição. (E se ainda não mandaram a fotografia da vossa cidade está na hora de enviar para este mail: giselda234@hotmail. Não custa nada e agradeço. Como disse é uma forma de divulgarmos a nossa cidade)  

Seis anos de Pulga

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Faz hoje anos que me tornei avó por via do nascimento da primogénita da minha filha. Esta bebé, que viria ser famosa pelo pseudónimo de Pulga no mundo blogosférico,  nasceu há precisamente seis anos, numa segunda feira, pelas oito da manhã. E lá estavam os avós para a receber. Pequenina como todos os bebés, com mais de três quilos e setecentos gramas veio alegrar e tornar maior esta família. Por isso, PARABÉNS Pulga. Fotografia: Do nascimento até aos nossos dias

Terapia por ter a pia?

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Será necessário terapia por ter a pia cheia de loiça para lavar e não ter pachorra? Não é medo, nem fobia é...  é olhar para a loiça e pensar: faço ou espero? A máquina de lavar cá de casa teve um dia cheio; saiu para uma acção de formação e só regressou  ali pela  noitinha. Eu, como tambem tive o dia cheio de Pulgas e pus-me a brincar com elas, a loiça cresceu como ervas depois de uma chuvada. Preciso de terapia para me convencer que ter a pia cheia de loiça não é bom sinal. Já pensei em colocar um naperon de bordado Madeira por cima e uma jarra de flores, sempre disfarça e embeleza Ter terapia ou não ter-a-pia é a questão de ter pachorra para meter as unhas ao trabalho. Fotografia: Orquídeas, parte de um ramo de flores oferecido pelo meu irmão quando fiz anos, em Dezembro

Todos trabalham menos eu

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- Só não vai para a escola quem tem muito dinheiro.- Dizia a Pulguinha (3 anos) saboreando cada palavra e cantando quando disse "muito dinheiro". Ela, os irmãos, os pais e avô vão todos para a escola (os pais e o avô são docentes). Disse-o lentamente e atravessando os olhos para mim. - E quem é que tem muito dinheiro? - pergunta o avô. - A avóóóóó - responderam em coro ela e o Gu-Gu. Ela, por que sabia a resposta, ele por acréscimo. E até costuma dizer: A avó é rica. A avó tem muito dinheiro. A avó não vai sai de casa para trabalhar, a avó não vai para a escola. O pior, é que não diz só em casa, diz a toda a gente. E, mais pior ainda, é que pode haver quem acredite! E eu com isso! Fotografia: Desenho da Pulga (quase com seis anos). A Sininho a caminho de casa (a casa é redonda, com chapéu a simbolizar o telhado, sem esquecer a chaminé).

Não esquecer

Continuo esperando pelas fotografias do passatempo: "A minha cidade é mais bonita que a tua" Já tenho alguns participantes. Como referi, não dá dinheiro, não dá prémios, mas, digamos dá prazer, e um pouco de maçada também, prontes. E de verdade é estimulante poder demonstrar o carinho que sentimos pela nossa cidade. Para este mail, por favor: giselda234@hotmail.com Obrigada. Na próxima semana começa a sair.

Telecine até à eternidade

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Agora ninguém me levanta do sofá. A Zon Madeira ofereceu-me os canais de cinema, e logo a mim que sou cinéfila assumida. Durante um ano meus senhores, durante 366 dias, vou ver à borla estes canais. Agora nem de âncora levanto o rabo do sofá. De noite, de dia, a toda a hora é só filmes. Não quero comer, não quero dormir. Vou "embuseirar-me", vou criar raízes, vou ficar com o "rabichol" maior que a padaria Mariazinha. E quando me perguntarem por que tenho o rabo tão grande digo logo: não sabem? Ofereceram-me os canais de TVcine e não me levanto do sofá. - Minha senhora, não há jantar? Não se come nada nesta casa? -  Vai perguntar o mê senhor. - Há, e come-se nesta casa, mas só depois de acabar o filme. Mal sabe ele que acaba um e começa logo outro. E durante um ano, "aquilho" é que vai ser!! Bem, desculpem-me, mas tenho um filme para ver. Já agora, alguém sabe a programação? Fotografia: Antigo Colégio de Jesuítas da Madeira, hoje, reitoria da UMA

O que conta é o efeito

O xarope para a tosse deve ser tomado três vezes ao dia, não é?  Mas eu sou ingrata e não gosto de medicamentos, ou melhor, de tomar medicamentos, e atão daqueles que entram pelo cano de baixo: as "velinhas" como se dizia antigamente nem falo. Detesto mesmo. Se pela boca já é o que é pelo **  atão é o diacho. Mas estava a dizer que como sou uma "relezinhas" para tomar uma colher de xarope (tenho de dizer a verdade, digo colher, mas não é. Eu coloco o frasco à boca) uma vez que tenho tosse, atão, não posso tomar a quantidade das três vezes de uma só vez? Posso? É que evitava as carrancas que faço e as pragas que deito à tosse. Malvada, que não me deixa em paz.

A minha cidade é mais bonita que a tua

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Este é o título de um passatempo a desenvolver, aqui, no meu humilde casebre, a fim de dar a conhecer cidades. Basta mandar uma fotografia da vossa cidade (onde nasceram ou onde vivem) aquela que têm como vossa  para o mail: giselda234@hotmail com. Não é um sorteio, não há prémios, não há data limite, não há escolhas, nem selecção, somente uma forma de dar a conhecer ou divulgar as nossa cidades. Vejam por exemplo: A minha cidade: Funchal. Largo do Município. (À esquerda, a Igreja do Colégio, à direita, a Câmara Municipal, ao fundo o Tribunal). Blogue: Avogi (e as Pulgas) Vá lá, não custa nada e não me deixem ficar dependurada, sim?                                                                            

Mas quando gosto falo pelos cotovelos

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Se há coisas que não abdico é de roupa a cheirar a lavado e, além disso, que o cheiro permaneça por algum tempo mesmo depois de se usar. Experimentei alguns sabões e nada me alegrava o nariz nem o olfacto. Até que descobri  "Ariel Sensações".  E digo, em boa verdade vos digo, adoro o cheiro. Quando a roupa está no estendal apetece inspirar, inspirar, reter a respiração até rebentar os pulmões. Eu não saio de baixo, esfrego e esfrego a roupa no nariz, acreditem, é preciso o mê senhor me puxar, empurrar e mesmo assim é difícil. Até amuo e faço beicinho. Experimentem e depois digam-me, que se gostarem sorteio uma palete, aqui, no meu humilde casebre.( Ui, estou a brincar) (E não recebi comissão nem luvas para dizer isto, mas quando gosto elevo ao cubo.)

Saudades que eu já tinha da danada da queijada

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Verdade. Saudades loucas. Daquelas que nos fazem pensar em frases como: "eu comia-te toda"; dava-te dentadinhas até desapareceres" ou "se não fores minha não és de mais ninguém" isto, com um passar de língua pelos lábios ao mesmo tempo que se revira os olhos a imaginar. E eu a vê-la ali, indefesa, só, desamparada. Não resisti. E antes que desse um "camadão" de olhado a quem comesse à minha frente e para não pensar nela de dia e não dormir de noite, tungas , comi. Agora, estou aqui com um peso na consciência, na consciência e na barriga. É que me caiu tão mal! Se calhar alguém deu-me o tal "camadão" que eu ia dar. Malvada queijada, que de desejo quase me mata, e ando aqui com o estômago embrulhado nela e ela nele. E se eu tivesse idade para gerar "crianços" diria que daqui a alguns meses...

Agora é a sério

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Mulheres do meu burgo, cheguem-se aqui e sentem-se no banquinho da cozinha. Depressa que há poucos, descansem as pernas já cansadas de tanto trabalhar. Homens que estão cá, sejam simpáticos e cavalheiros, deixem os bancos para as senhoras e permaneçam de pé. Têm boas canelas. Ou se preferirem ir até à rua, destroçam. É agora que vou fazer a pergunta. Vamos lá a saber, quem é que lava o arroz antes de o deitar na panela?  E antes de ouvir (ou melhor, ler) as respostas eu adianto-me e digo que não lavo, prontes. Fotografia: Paella feita pelo cunhado no dia de Reis. Captada com o telemóvel

Não devo ser a única

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Chego aqui ao computador com uma vontade de escrever. Sento-me, olho para o monitor e... e as ideias estão estagnadas, não correm, não diluem, por isso não dá para encher o balde. Nem de repuxo! E bem que repuxo e não sai nada. Por isso, vou dar uma volta ao quintal, espairecer a ver se me encontro. Eu estou lá não sei é onde. E não me digam que é do tempo, da idade... Fotografia: Piódão

Pulgas e Moi-Même uma combinação perfeita

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Domingo de tarde. Hora de dormir. Vamos todas...(bem, todos, que tem um macho e por isso não devo dizer: todas), refaço então, vamos todos para a cama: Pulgas, eu e Moi-Même (já sabem, a tal empregada). Gu-Gu salta logo para junto da parede, de seguida Pulga, eu e Moi-Même  e a Pulguinha a fechar o quarteto. Estávamos no bem-bom, quando eu, que já estava mais para lá do que para cá, digo para Moi-Même , baixinho, para as Pulgas não acordarem. - Vou levantar-me. Vens? Temos coisas a fazer e dormir de tarde é um luxo. - Não. Fica mais um pouco, está tão quentinho! - diz-me ela agarrando-me na manga da camisola, quando eu começava a levantar-me. - Não posso, vamos lá. Anda comigo. - Ai, que chata és!.... Caramba!... Está tão bom aqui, fica e ouve o respirar das Pulgas! Sosseguei um pouco a ouvir o resfolegar de uma, mas, os olhos começavam a fechar... - Chega, basta, ináfe , (até falei em inglês!) - digo já aborrecida por ela me contrariar...sempre. Ela vira-me o rabo e enco

Pior a emenda...

No carro, as Pulgas sentadas no banco traseiro olhavam para a rua, a ver os barcos na Pontinha. - Avó, uma auuuu...vre.  - Diz o Gu-Gu (dois anos) apontando para uma árvore. Salta a Pulguinha (três anos), esticando o pescoço para a frente a fim de ver o irmão para emendar: - Gu-Gu, não é auuuu...vre. É: áaaar....vre. E abana a cabeça em sinal de certeza. - Mana, mana... - é a vez da Pulga, a de cinco anos (quase seis). - Não é áaaar...vre. É ár-ve-re.

E eu sou o quê?

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A minha filha, mãe das Pulgas, pergunta-me se elas podem ficar a noite de sábado cá em casa  a dormir. Respondo que sim e pergunto-lhe se vão jantar fora.  - Não. Temos jantar em casa. Mas é só para adultos. - E eu o que sou? - pergunto-lhe. - Não posso ir? Ela ri-se.

Fim de semana, pois então e façam como se estivesse em Piódão

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Bom Fim de Semana a quem por aqui passar. Deixem o trabalho dormir que bem precisa e, entretanto, aproveitem o momento, sentem-se, troquem a perna e relaxem, que assim que ele acordar, não larga a nossa saia e não há quem pare. E, vá lá, aprendam com estas velhinhas (pelo menos parecem ser) de Piódão, que já mandaram o trabalho dar um volta, uma grande volta. Bom Fim de Semana, pois então! Fotografia: Piódão, 8 de Outubro de 2009

Qualquer dia tirando hoje, despeço Moi-Même

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Eu bem queria tirar este botox que tenho enfiado entre o peito e o baixo ventre que mais parece uma bóia (que foi metida no Verão ainda não foi tirada). Sabem, li muito sobre as mulheres que colocam botox na cara para atenuar as rugas, olhem, eu, nem precisei de ir ao Dr Robert Ray ,em Beverly Hill nem ao programa Dr 90210. Insuflei, assim ao som de um clique, mas não na cara. Na barriga. Cresceu. Como um cogumelo com chuva.  E agora? pergunto eu. Deixo esta bóia? Ou tiro com uma lima. Limar, limar até desbastar. Perguntei a Moi-Même (a empregada francesa) quando de manhã me mirava ao espelho, e ela, de braços cruzados, sem nada fazer (mas com tudo por fazer) se resultava se passasse uma lima. Sabem a resposta dela ao olhar para a minha bóia, quando eu tentava apertar o cinto das calças? "Senhora, lima não vai resultar, é melhor usar... um limão.  Aquela ...vaca! Fotografia:  Madalena do Mar, Madeira.

Só para lembrar que...

...Há fotografias novas, frescas e lindas, no Meu Rural. Captadas por mim (vá lá: Uau ) com o telemóvel.  Não sabem onde é?  Aqui mesmo . Que também é meu, com fotografias captadas pelo mê senhor e por Moi-Même (e eu), que representam viagens, lugares, momentos vividos por nós, a sós ou com família e amigos; e está referenciado na coluna da direita como: "Este também é meu". Corram, o primeiro a chegar ganha.

Que coisa linda as amendoeiras em flor

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Será que... As amendoeiras já estão em flor no Algarve? É simplesmente divinal, uma delicia, um prazer olhar para a beleza das amendoeiras em flor. Fotografia. Árvore em Albufeira. 4 de Fevereiro 2008

Pensamento meu: Ironia

Mas que raio de país em que não se pode sair à rua com um brinco de vinte e cinco mil euros na orelha, 8 mil euros em notas de quinhentos no bolso, um relógio de quatro mil euros no pulso, um anel de sete mil no dedo, um fio de ouro dependurado ao peito sem ser assaltado? Onde já se viu? Mas que país este! Falo do Quaresma, coitado!

Digam-me baixinho, para que ninguém oiça

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Vocês são como eu que, no supermercado, em frente às prateleiras correm com o dedo (eu, o esquerdo que sou canhota) os preços nos produtos da mesma espécie, a ver qual é o mais barato? E automaticamente o dedo pára, no mais barato. São? E quando se trata de líquidos dentro de frascos transparentes, hã? Como fazem? O dedo aponta o mais barato e os olhos o mais cheio, é? E se o frasco não é transparente desenroscam e metem o dedo e o olho lá dentro, a confirmar que está cheio? E se tocar no líquido é esse mesmo, não é? Atão, não estou só! Poça, o dinheiro anda pelas "pelinhas". Agora está na altura de se chegar à frente, de dizer...(de dizer não, que eu não oiço), de escrever: eu também faço isso. Vá lá, coragem.    Fotografia: Vegetação nas Queimadas, Santana, Madeira. 1 de Junho de 2011.

E nevou

Aqui, no meu humilde casebre. Olhem para cima, vá lá, esticar bem a cabecinha, mais um esforço, upa. Levantar os olhos. Não vêem a neve, no cabeçalho?  Serra da Estrela, Fevereiro 2010.

Se eu vivesse em Lisboa!

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Era certo e sabido que ia assistir ao programa do Goucha. Não que  seja  fã de programas deste formato, mas sou fã de dinheiro e neste m omento tudo o que vem é peixe.  E como estou aposentada, por conseguinte, livre, de manhã era lugar assente na plateia e faria o frete de limpar as lágrimas, bater as palmas e rir sempre que necessário e até rodar as mãos quando é anunciado "roda você". Sentar-me-ia ao lado de uma senhora que todos os dias está lá. Deve ser residente, certamente vive lá no estúdio, pois que faça chuva faça sol está lá. E se houvesse tempo, de tarde ainda ia ao da Fátima Lopes. Já viram o dinheirão que ia entrar na algibeira? É  que deve valer a pena estar lá, dinheiro livre de impostos, limpinho. Humm,  vou pensar bem no assunto. Mas tenho de ter a certeza que é pago, e bem pago. É?

A corda

Eu ainda não acordei desta pasmaceira que se entranhou nas entranhas. Acorda, acorda que a Festa já acabou e ontem...( lembraste?) foste varrer os armários. E varrer os armários é acabar com todas as iguarias do natal e ano novo e isso quer dizer que: os festejos terminaram. Acorda, ó mulher, levanta-te, e vai procurar trabalho, aliás nem é preciso procurar, ele está ali bem à vista dos teus olhos. Acorda. É isso. A corda. Acorda e passa a corda à volta do trabalho. Acordar ou não eis a questãor.

Fim de semana, pois então!

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Vai nevar? É a previsão para este fim de semana no continente português? Frio é senha para recolher aos aposentos, calor é a palavra de ordem. Ordem para dar e receber, por isso, deixo aqui expressos os meus calorosos desejos de Bom Fim De Semana. E, por aqui no meu rural, a temperatura ronda os 19 graus. Ainda esta noite, poça , transpirei...(Mau-Maria, cuidado com esses pensamentos). Transpirei de calor. Era um fio de água a escorrer pelo pescoço abaixo em direcção ao "imbigo". E aí ficava a formar um lago (mentira, estou a brincar, mas lá que transpirei, transpirei) Este tempo anda maluco "uora" se anda! Não vale a pena tentarmos percebê-lo. O que eu sei é que durante o dia não se pode estar ao sol. É um calor! Bom fim de semana. Fotografias do último inverno na Serra da estrela: avô, avó e Pulga. Fevereiro 2010

Se antes desconfiava...

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...Agora tenho a certeza de que, aqui em casa, todos sofrem das costas menos eu. Eu consigo agachar, dobrar, curvar, acocorar e além disso flicto as pernas, também, mas pelos vistos, todos têm perna de pau, esticadas e, engoliram um garfo que os impossibilita de flectir o tronco. E sabem como descobri? Porque quando está um cisco no chão, uma migalha ou uma poeira ninguém se agacha. E toca a "avergar a giba" (já que ninguém pode!) para limpar o que está no chão. É ingrato, lá isso é, mas que querem? Agora vou ali abafar as mágoas, comendo um tomate inglês com umas rodelas de pêra-abacate e já volto. Com licença.

Roupa roupa roupa

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Este natal foi sem sombra de dúvida, o ano em que tive mais roupa. Tanta, tanta, que nem sei o que diga. Aliás digo que nunca havia tido tanta! Crise? Qual quê? Estou cheia. É na sola da bota é na palma da mão, é isso. O Pai Natal foi generoso comigo, caramba! Portei-me bem durante os doze meses do ano. Que remédio! Obrigada a todos os que contribuíram: o mê senhor, o mê bisalho, as Pulgas e os amigos. Sim, não posso esquecer estes, aliás, olhando bem, foram eles que mais colaboraram para acrescentar, para fazer crescer, a quantidade de roupa no meu roupeiro. Roupeiro? Isso queria eu. Mas não. Enganei-me! Na lavandaria, isso sim, mais precisamente, na cesta para lavar e passar a ferro. E Moi-Même que se lixe. Rás parta, a roupa devia ser descartável. E agora, olho para o pico do Areeiro (sabendo que me refiro ao cesto) que cresce, cresce, CRESCE enquanto coloco o cotovelo na mesa, a mão na cara, fecho os olhos e penso qual será o melhor dia para dar cabo dele. Mas já agora, q

A minha cabeça já foi uma boa cabeça

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Há muito tempo que digo a frase: a minha cabeça já foi uma boa cabeça agora só vestígios do que foi. Esta cabaça (sim, cabaça, não foi erro de escrita) que nem para jogar futebol serve, hoje deixou uma panela ao lume com beterrabas dentro a cozer  e, pumf,  esqueceu-se. E foi ao correio aviar a carta para o bisalho, e foi tomar um café com as Pulgas mais novas, e foi conversar na porta de casa com a mãe das Pulgas, e foi brincar no quintal, e foi saltar com as crianças e como as crianças e nem cheirou (também porque tem "ei ventas atupidas") e foi... Bem, e foi...só quando entrou em casa que inspirou intensamente e, calmamente, dirigiu-se à cozinha, com a certeza porém que o cheiro vinha da casa da vizinha quando.... Olho para o fogão e foi aí que vi a boca do dito, acesa, ao mesmo tempo que o fumo e o bafo inundavam o espaço. E só então me apercebi que.. - Ai! As beterrabas!- E deitei as mãos, não à cabeça em forma de cabaça, mas à panela! E agora toca a esfregar,

Há situações que me transcendem

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E esta é uma delas. O carteiro deixou na caixa de correio o aviso para levantar uma carta registada, uma vez que não o atendi quando tocou a campainha (e, poderia aqui enumerar as razões, o motivo, pelo qual não atendi, mas não interessa mesmo nada). Ora bem a questão é seguinte: a carta vem dirigida o mê bisalho que não vive cá na região. Ora, o mê senhor (que é o titular da pasta do trabalho) vai para levantar e muito amavelmente a senhora diz que necessita de um documento do destinatário. Não tenho, ele não vive cá na região, diz-lhe. Mas tem de ter para poder efectuar o levantamento da carta, responde a funcionária. E se fosse em casa, era necessário ser o destinatário a receber? Pergunta o mê senhor. Resposta: não. E acrescenta. Qualquer pessoa pode assinar, até um ladrão que esteja a assaltar a sua casa no momento. É um contra-censo. Em casa qualquer pessoa pode assinar e fica provado como entregue (até mesmo a empregada ou o tal ladrão), no correio só próprio ou com docume

Aquele cachorro!

Aquele cachorro cansou-se de viver comigo! Depois de tudo o que passei por ele, das dificuldades sentidas.  E o que lhe ensinei?! Sim, ensinei-lhe tudo, pois sou mais velha, mais vivida. Nos anos em que estivemos juntos houve respeito mútuo. E foram muitos e ele agora, faz-me esta desfeita. Cansado, é isso, cansado de me aturar. Não enxerga bem, mas recusa usar óculos. A imagem, quer preservar a imagem. Como se fosse possível! Velho, trôpego, sem dentes, rouco, cansado. Quem te quer? Quem? Ah sê cachorro! Deixaste-me! Não me conformo com a tua ausência. Um vazio que ficou cá em casa. O teu olhar meigo, o teu perfume, a forma como olhavas para mim! Tenho até saudades de quando olhavas para a janela a ver... a ver se me vias por entre as cortinas. A alegria de quando eu, cansada, chegava a casa, sem paciência para te aturar, e tu, logo vinhas ter comigo. Será que fazes o mesmo a outra? Não creio. Ah, sê* cachorro! Olha, quero que saibas que, vou-te substituir, o que não falta são cac

E querem saber como festejei, querem?

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Claro, eu entendo que a curiosidade é muita e querem saber como passei o dia em que completei os 34 anos de enforcamento, credo em cruz!, repito, casamento. Pois bem, aqui vai.  "A quem muito quer saber nada se lhe diz." Era assim que a minha saudosa mãe me respondia quando eu queria saber da vida alheia. Mas, caramba, eu vou levantar só a ponta do véu e vou só dizer que: passei na cama. Prontes , tá dito. E agora, tirem as vossas conclusões, mas cuidado, nada de maus pensamentos. E imaginem...fantasiem...voem... Fotografia: o bolo com 56 velas.Último aniversário. Dezembro 2011

Bigada

Estas modernices! Agora em vez de Obrigada diz-se "bigada", prontes , e como eu  vou na frente da moda também digo pelos comentários deixados no poste de baixo. (Até parece a chinesa da loja perto da casa do mê bisalho; também ela diz: bigada)

E não é que faço anos hoje outra vez!?

Oiço umas vozinhas dizerem: Ó diacho! Mazela  não fez anos no mês passado!? Ai fez, fez, eu inté lhe desejei os api bartedeis (em inglês pelize)!  Agora pergunto: mas festeja-se só os aniversários de nascimento, é? E os de casamento, não se festejam? É que há 34 anos atrás, por esta hora, estava eu em fanicos, com aquele nervosinho miudinho, aquele frio na barriga, aquela diarreia... sim, deu-me diarreia, tal era a excitação, pois ia casar. Era a agitação, era a chuva, era o frio, era o noivo, era a família era... tudo, e tudo me fez mexer o estômago e prontes, diarreia. Mai góde ! (e deito as mãos à cabeça) 34 anos! Eu casei há 34 anos e ainda aqui estou casada! (ponho as  mãos na boca para reprimir um ahahahah ) Sempre com o mesmo, acrescento. Estará ainda dentro do prazo de validade? Hum , tenho de ver o rótulo. Prontes, era isso, faço anos de casada e vai haver festa. À noite, só à noite...

Sei o que comeste no Natal passado

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Ainda o Natal vai cumprindo calendário (que por aqui o período reservado a Natal termina com o "Varrer dos armários" no dia de Santo Amaro) e as festas vão seguindo já eu sei o que comi. Basta olhar para as fotografias e dá-me aquela vontade mórbida de...apertar o bico e... Não comer mais? Era isso que pensavam que ia dizer? nã nã nã,  nada disso, eu ia dizer que dá-me aquela vontade de apertar o bico e não dizer mais nada. Prontes! Bom fim de semana, pois então! Fotografia: Ceia de Natal e 1ª Oitava

Tenho chocolate para dar e oferecer

Não gosto de chocolate e muito menos de bolo de chocolate, mas quando fiz anos não havia outro na padaria e para satisfazer as delícias das Pulgas veio um. Hoje, e porque estou desconsolada, embuchei uma fatia fininha do desditoso bolo, para adoçar a boca, para amaciar a garganta, para dar cabo dele que nunca mais acaba. Parece que se reproduz enquanto eu durmo. Enfim.

Batem leve, levemente

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Toca a campainha, insistentemente, no último dia do ano. Quem é tem pressa, digo. Vou à janela: Hummm, o que será! Quem tem a distinta lata de me aborrece quando estou com o creme de beleza na cara e no repouso da mente?!" Era uma galinha. Morta, depenada, em cabeça, sem entrefolhos, congelada, pronta a ir pá panela. Criada no campo pela mão de uma amiga. Para fazer uma canja no primeiro dia do ano, recomenda ela. Uma promessa do ano velho para o ano novo.  Depois, ainda estou com a galinha na mão, afastada do meu corpo (é que tenho medo de animais mortos, mas não façam caso, isto passa) quando... Oiço passos. A fugir, escada acima... Vejo um saco na porta e dentro dele couves, alfaces, pimentas, pimpinelas. .. "se quiser pode apanhar mais lá em cima" diz o homem que trabalha a terra, apontando para o cimo do terreno. Viver no campo ou perto dele tem os seus convenientes, "uora" se tem. Tudo biológico. A galinha já foi-se, juntamente com as couves e

Já avisei

 Que por vias deste aumento do IVA no leite, os cereais: nestum, raicepisquis (como diz a Pulguinha) para servir no pequeno-almoço, às Pulgas, aqui na casa d´avó, vão ser confeccionados com vinho ou cerveja. Sempre é mais barato! E venham as sopas de cavalo cansado que ajudaram muitas crianças a crescer...e a beber.

E...pronto

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Para mim, o natal acaba quando o mê bisalho vai embora, por isso, mesmo estando as iluminações, as decorações, as canções e mais ões , já nada "malembra" até porque Natal é Família. Por este motivo o cabeçalho do meu humilde casebre não é Natal, nem Inverno, nem neve, nem frio, nem nada desta época, prontes.  É mar. O mar do meu rural - Madeira.

Cha cha cha que rico cha cha cha

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E tem sido assim a modos que a beber chá, muito chá durante o dia. Até tenho uma garrafa de calor ou termo, para tê-lo sempre quente: de caninha, de hortelã, de pessegueiro inglês, preto com sabor a pêssego, de caramelo, de macela, de.. olha de tudo o que se possa fazer chá. Não, ainda não experimentei de urtigas nem de sarralhas. E mais houvesse. Por este andar ainda crio rãs no estômago. A ver se limpo as tripas, prepará-las para a nova enchida de sexta feira. É que as Festas ainda não terminaram e fim de semana é dia de cantar "ui reizes" na casa da cunhada. Por isso por aqui é só cha cha cha... que rico cha cha cha. E vivó velho! Fotografia: Água no estado líquido. Queimadas, Santana, zona Norte da Madeira. Junho de 2011.

As Pulgas

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A prenda para os avós. Uma tela. Três rostos sorridentes. Três expressões diferentes como diferente é cada um. Pulguinha, três anos, à esquerda. Ao centro, o mê Gu-Gu, dois anos. À direita, Pulga, cinco anos. Ou  simplesmente, os netos da AvoGi.

A Estrela Polar

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- Avó, aquela estrela mais brilhante é a Estrela Polar. - Diz-me a Pulguinha, 3 anos, com os olhos a brilhar de sabedoria e apontando para o céu numa noite de luar.  Esperava eu que dissesse que era a  titia (tia-velha que faleceu há 5 meses) ou a Cookie, a cadela, também falecida ou ainda o Miguel. Mas não. Olhou, apontou e disse que era a Estrela Polar. E eu, "esbabacada" para ela e a lembrar-se se algum dia, com três anos, disse à minha avó que a estrela mais brilhante era a Polar, e se eu dissesse isso, de certeza que ela me olharia, com a mesma expressão, tal e qual, eu olhei para esta "gasguita". Fotografia: A Pulguinha, no dia de Natal, abrindo uma das prendas.

Prometo sim e não cumpro, mas lá pode vir um dia em que

A chegada do Ano Novo celebra-se com champanhe, passas, canja e fogo de artificio. Quem já viu o fogo (cá) na Madeira é que pode sentir o quanto tem de mágico. Ele transmite-nos paz  serenidade e o desejo de que nunca acabe. Durante cerca de 10 minutos o brilho a cor iluminam o céu do Funchal, neste anfiteatro que é considerado o melhor do mundo. Sem dúvida que sim. Acredito. No final uma girândola de fogo de estalo rebenta com os ouvidos mas acalenta o coração. E cada ano que passa as promessas de vida melhor, de amor, de serenidade acontecem. Mas o que se promete em 10 minutos, depressa é esquecido. Eu também faço as mesmas promessas que fiz no ano passado, e no ano anterior ao ano passado com a certeza porém de que vou cumprir. Mas... Eu não sou melhor do que os outros, também prometo e esqueço. De que prometi e de que deveria cumprir. Qual de nós? E se houver...uma única pessoa que prometa e cumpra que se declare honrada.